A
impressão que tive era que eu só ficaria estudando com foco total na aprovação,
como todos diziam: passar noites em claro, ficar ansioso e nervoso com os
processos seletivos e aprovação, muito estresse, não ter vida social... Mas agora
chegou a minha vez que criar a minha história de vestibulando.
Primeiro
dia de aula: nova sala, mesmos colegas de turma. Todavia, um ar diferente. A
atenção dos professores já não era a mesma. Mas eles são especialistas em
passar muito conteúdo em pouquíssimo tempo. Cria-se uma pressão psicológica
para manter a tradição de bons resultados da instituição na qual pertencer,
gera um desafio diante concorrentes...
O
principal diferencial é ter aula aos sábados. Mas para “quebrar a monotonia”,
existem os “Sábados temáticos”, em que alunos e professores se vestem de forma
descontraída.
Uma
semana foi o suficiente para sentir a realidade. Um dia de atraso nas matérias
já se acumulavam, mas ainda não houve tempo suficiente para se adaptar ao novo
estilo de vida.
Março:
início de aulas de Top Fera: uma novidade desde então. As avaliações semanais
também começaram. Aí já foi possível perceber que a organização de tempo era a
única maneira de fazer tudo. Mesmo assim, a pequena prioridade de descansar e
ter lazer foram suprimidos.
No
final do bimestre, chega o boletim. Comparados aos anos anteriores, as notas
não foram muito boas. Também notei que o maior esforço está aplicado nas áreas
interessantes a mim. Cada vestibular com sua lista de obras literárias me
deixou preocupada: tantos livros, tantas histórias, enredos e poemas
maçantes... Infelizmente, fazem parte desta fase. O clássico desse período foi
dormir em sala de aula, por falta de tempo para dormir, para compensar as
horinhas que faltaram.
Claro,
deixei muito um tempinho para mim de lado, mas tive oportunidades de sair,
conversar, dançar, que me fizeram muito bem, pois foram pequenos incentivos a
me manterem no ritmo. Um aspecto bom da correria do dia a dia, é não precisar
se preocupar, como antes, com a limpeza e conservação da casa, além de ser
“mimada” pelos pais.
Na
teoria, já estamos de férias. Alguns vestibulares de inverno já se passaram e a
pressão aumenta. Os professores e familiares sugeriram não estudar, mas acabou
que, como eu me cobro excessivamente, acabei me sobrecarregando e não tomando
fôlego para o resto da correria. Ainda bem que isso durou apenas uma semana e
mudei a tempo. Sinto falta dos meus amigos, para conversar e desabafar sobre dificuldades
momentâneas ou até fofocas.
Neste
momento, só penso em me jogar na lama e enfrentar os trotes. Se eu cheguei até
aqui, quer dizer que eu sou capaz e tenho “fé, ânimo e coragem” para suportar o
que está por vir. Já me considero uma caloura, com boas expectativas no meu
desempenho. Agora, tenho que estudar, afinal, o vestibular já está aí.
Já vou dizendo, vocês vão sentir MUITA falta de tudo isso. E aquele outro clichê: na faculdade fica pior!
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