sábado, 29 de setembro de 2012

Desabafo

Vésperas do vestibular: aos futuros calouros de sucesso, a trajetória a ser percorrida não é fácil. Em particular, não tenho mais paciência para nada, ando muito folgada (acho que nem em bom sentido isso existe), perdida em alguns pensamentos... Não me pergunte como eu consegui escrever isto.

Em partes, acredito incoerente essa ampla pressão psicológica e física que tanto familiares e a escola nos impõe. Claro, a pessoal é a maior; se não aprendemos a lidar com isso, 'sorry, you're late'. Até penso que essa vida, rotina esta me levando à loucura!

Enfim, parando de reclamar, vou contar uma coisa legal: no feriado da proclamação da república brasileira, fui à São Paulo e andei pelas ruas supermovimentadas e encontrei um aspecto positivo. Ele era a venda de livros a preços baixíssimos e de qualidade numa banca no meio do caminho. Obviamente, parei e comprei um livro. Ainda não tive oportunidade nem tempo de ler, mas é/são 2 em 1 *-*

Galera, esse texto é nada construtivo, mas queria compartilhar um pouquinho o que sinto, o que fiz, etc. Afinal, depois de uma semana inteira de aula, acordando cedo, inclusive hoje, sábado, não é fácil. (A minha professorado redação que me perdoe por excesso de negativas!)

Quem sabe, um dia tenho uma inspiração para publicar e comover ou ajudar alguém, não apenas reclamando ou criticando algo.

O que tenho a dizer agora: 'Carpe Diem', isso sim vale a pena, dentro da lei (ou não).



A imagem mescla vários elementos fundamentais para mim, em proporções inadequadas: Arte, Música, Estudo, descanso e lazer

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Nem fé nem santo.

"Eu to assim...Sem fogo, não quero jogo nem competição..."

       Hoje eu acordei achando que seria ótimo ótimo mesmo, desculpa a sinceridade, se a profecia maia se concretizasse em dezembro do tão falado 2012. Seria saudavel se ouvesse uma "seleção natural" feita pela natureza e não pelos homens nessa selva cotidiana que a gente chama de cidade.
       Desculpa o talvez, por um certo ponto, pessimismo. Mas vivemos repetindo os mesmos erros, batendo nas mesmas teclas, insistindo nas mesmas coisas, pensando da mesma forma....
Capitalismo X Comunismo? Não existe mais. Nenhum dos dois deu certo, o ser humano meu amigo Marx é egoísta de mais pra abrir mão do poder.
      A gente deveria, parar um pouco e observar o meio ambiente, nossas vontades, a nossa essência. Ao invés de buscar o tempo todo tentar se enquadrar em metas, tempos, regras, padrões estabelecidos pelos outros que levam a relização pessoal que dizem ser muito importante na nossa vida.

A gente começa a abrir os olhos melhor e ver que o problema que sentimos é somente a ponta do iceberg. Vão ter pessoas que você vai jurar ser suas amigas, mas que assim que tiverem uma oportunidade, duas ou três vão tentar te passar pra trás. Competir com você, pra ganhar e se sentir melhor, porque o importante hoje em dia é sempre estar se sentindo melhor e único.  Não importa quantas amizades você perca.

Competição é regra, te dizem o tempo todo não perca tempo, tire do seu caminho quem o fizer, passe por cima do que precisar para alcançar seus objetivos, ganhe dinheiro, faça as escolhas certas.

http://www.youtube.com/watch?v=zs3P8MTUS-Y

sábado, 15 de setembro de 2012

Como os nossos pais


Estive pensando sobre a geração de nossos pais. A geração ativa dos dias de hoje, os ditos “adultos responsáveis”, que escrevem nos blogs, jornais, revistas, enfim, aqueles que tem a voz ouvida e a opinião levada a sério, ou ao menos ponderada, pelos demais, pura e simplesmente porque são considerados maduros.

Já cansei de ver artigos publicados, principalmente na internet, e alguns textos de apoio de vestibular e ENEM sobre como a geração atual, a nossa geração, é extremamente viciada nas novas tecnologias, como não largamos da internet, como só nos comunicamos por SMS ao invés de ligar para as pessoas, sobre como somos imaturos em relação a drogas e álcool, fazendo uso deles só para parecer forte diante dos amigos, sem pensar nas consequências para o futuro.

Também dizem somos muito dependentes dos nossos pais, ou então, que não os escutamos por rebeldia, que somos muito distantes da família, e valorizamos demais as amizades. Sempre há o que colocar defeito.

Então, peço licença a esses renomados críticos da psicologia juvenil para defender o nosso lado na historia.

Não vou rebater um por um dos argumentos dessa gente por dois motivos: um, porque isso não é um texto modelo ENEM, dois, porque bater o pé e fazer birra só ia me fazer parecer uma criança mimada que quer um doce e a mãe não dá.

Não. O que eu quero é apontar um elemento aparentemente inofensivo na fala de muitos adultos. Creio que todos aqui já ouviram alguém entre 35 a 50 anos dizer algo como: “Quando eu era adolescente eu achava que os trinta anos estavam tão longe! Sempre pensava que eu ia ser velho com essa idade e que os problemas do mundo estariam resolvidos!”

Pois é, não estão resolvidos coisa nenhuma, meus amigos, e sabe por que? Porque problemas do mundo não se resolvem sozinhos. Porque você não pode sentar e esperar que a solução caia do céu. Acho que a maioria de nós, os jovens bêbados, viciados em computador e dependentes (ou independentes) demais dos pais, sabemos disso hoje.

Quando os adultos dizem que não conseguiam imaginar a vida deles quando chegassem aos trinta, me desculpem, mas eu interpreto isso como falta de visão de futuro. São eles que de acordo com inúmeras pesquisas, provaram ser a geração com maior números de divórcios e casamentos consecutivos. Podem dizer que é algo de cunho histórico, já que antes os pais deles, nossos avós, sofriam com casamentos infelizes e as pressões da sociedade tornavam o divórcio uma missão praticamente impossível. Talvez tenha mesmo um fundo de razão, mas não acredito que a maioria das relações entre casais seja passageira, que seja só um impulso primitivo a que as pessoas respondem e que se apaga após um tempo. Não. Para mim essa grande quantidade de divórcios pode ser explicada por falta de planejamento do futuro, falta de uma analise mais critica de si mesmos e de como suas ações podem impactar suas vidas.

A maioria dos jovens que conheço não só têm essa visão de futuro, como focam nela para conseguir o que querem da vida. E mesmo que a falta de experiência deixe duvidas nas nossas cabeças sobre o que realmente esperamos do nosso futuro, ainda assim não temos medo de arriscar e, se a escolha se provar errada, tomar outro rumo.

Então, por favor meus caros “adultos responsáveis”, antes de falar apenas dos defeitos da geração jovem, procurem usar suas mentes tão maduras para filtrar o que realmente é algo a se preocupar e o que não passa da velha e tradicional implicância entre pais e filhos que nos remete aos tempos imemoriais.