Estive
pensando sobre a geração de nossos pais. A geração ativa dos dias de hoje, os
ditos “adultos responsáveis”, que escrevem nos blogs, jornais, revistas, enfim,
aqueles que tem a voz ouvida e a opinião levada a sério, ou ao menos ponderada,
pelos demais, pura e simplesmente porque são considerados maduros.
Já
cansei de ver artigos publicados, principalmente na internet, e alguns textos
de apoio de vestibular e ENEM sobre como a geração atual, a nossa geração, é
extremamente viciada nas novas tecnologias, como não largamos da internet, como
só nos comunicamos por SMS ao invés de ligar para as pessoas, sobre como somos
imaturos em relação a drogas e álcool, fazendo uso deles só para parecer forte
diante dos amigos, sem pensar nas consequências para o futuro.
Também
dizem somos muito dependentes dos nossos pais, ou então, que não os escutamos
por rebeldia, que somos muito distantes da família, e valorizamos demais as
amizades. Sempre há o que colocar defeito.
Então,
peço licença a esses renomados críticos da psicologia juvenil para defender o
nosso lado na historia.
Não
vou rebater um por um dos argumentos dessa gente por dois motivos: um, porque
isso não é um texto modelo ENEM, dois, porque bater o pé e fazer birra só ia me
fazer parecer uma criança mimada que quer um doce e a mãe não dá.
Não.
O que eu quero é apontar um elemento aparentemente inofensivo na fala de muitos
adultos. Creio que todos aqui já ouviram alguém entre 35 a 50 anos dizer algo
como: “Quando eu era adolescente eu achava que os trinta anos estavam tão
longe! Sempre pensava que eu ia ser velho com essa idade e que os problemas do
mundo estariam resolvidos!”
Pois
é, não estão resolvidos coisa nenhuma, meus amigos, e sabe por que? Porque
problemas do mundo não se resolvem sozinhos. Porque você não pode sentar e
esperar que a solução caia do céu. Acho que a maioria de nós, os jovens
bêbados, viciados em computador e dependentes (ou independentes) demais dos
pais, sabemos disso hoje.
Quando
os adultos dizem que não conseguiam imaginar a vida deles quando chegassem aos trinta, me
desculpem, mas eu interpreto isso como falta de visão de futuro. São eles que de
acordo com inúmeras pesquisas, provaram ser a geração com maior números de divórcios e
casamentos consecutivos. Podem dizer que é algo de cunho histórico, já que antes os pais
deles, nossos avós, sofriam com casamentos infelizes e as pressões da sociedade
tornavam o divórcio uma missão praticamente impossível. Talvez tenha mesmo um
fundo de razão, mas não acredito que a maioria das relações entre casais seja
passageira, que seja só um impulso primitivo a que as pessoas respondem e que
se apaga após um tempo. Não. Para mim essa grande quantidade de divórcios pode
ser explicada por falta de planejamento do futuro, falta de uma analise mais
critica de si mesmos e de como suas ações podem impactar suas vidas.
A
maioria dos jovens que conheço não só têm essa visão de futuro, como focam nela
para conseguir o que querem da vida. E mesmo que a falta de experiência deixe
duvidas nas nossas cabeças sobre o que realmente esperamos do nosso futuro,
ainda assim não temos medo de arriscar e, se a escolha se provar errada, tomar
outro rumo.
Então,
por favor meus caros “adultos responsáveis”, antes de falar apenas dos defeitos
da geração jovem, procurem usar suas mentes tão maduras para filtrar o que
realmente é algo a se preocupar e o que não passa da velha e tradicional
implicância entre pais e filhos que nos remete aos tempos imemoriais.
Relendo o texto percebi que soei um tanto quanto revoltada. Nao estou de mal com o mundo, so pra avisar! ;)
ResponderExcluirRealmente, estamos vivendo na era das ambiguidades. Nunca vi tanto comunista viciado em compras, tanta hipocrisia, tanto discurso feito só pra se sentir melhor antes de dormir.
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