Manhã de sábado. Os raios de sol incidiam incansávelvente sobre a minha cabeça, e todo esforço era inútil para tentar evitá-los. Na impossibilidade de tomar qualquer outra atitude, girei-me na cama e acabei por me levantar, ainda um pouco sonsa. Esse é aquele típico momento em que o nosso corpo acorda mas nossa mente ainda dorme - ou vice-versa; é impossível de identificar essa órdem. Em passos leves, caminhei até o banheiro e retirei a roupa que estava, venstindo-me por conseguinte com outro traje, sendo que este já havia sido escolhido delicadamente por mim no dia anterior. Uma calça jeans estreita, uma pequena mas delicada bata, e um salta alto, numa tentativa abusada de aumentar minha altura. Dizem que as mulheres sempre se enfeitam para invejar outras mulheres ... É porque não me conhecem.
Já haviam se passado alguns minutos desde a hora em que tinha levantado. Talvez fosse por isso eu estivesse me sentindo consideravelmente melhor - ou talvez fosse pela figura de meu amado, agora impregnada na minha mente. Minha mãe já estava em pé, pressionando-me para sair:
- Filha, filha, vamos! Sua aula de alemão já vai começar ... - Dizia em voz suave, ou melhor, na voz mais suave que ela podia fazer.
Sim, eu tinha aula de alemão em plena manhã de sábado. De fato, as aulas não me interessavam muito. Como eu cursava alemão somente uma vez por semana, eram feitas 2 aulas no mesmo dia, intercaladas por um intervalo de 20 minutos. E era nesse intervalo que eu estava interessada. Ele estaria lá, meu amado, como seus fios louros balançando conforme a brisa lhe toca a face. E seus olhos ... Um azul intenso que me atrai profundamente. O dono dos meus pensamentos ... O único que conseguia fazer com que a hora de aula de alemão parecesse um dia e com que 20 minutos parecessem segundos. Essa é a magia do amor. Uma magia boa, quando correspondida, e uma imensa tortura, quando não.
Agora já estava dentro do carro. Passados alguns minutos, minha mãe deixou-me na porta da minha escola. Coloquei-me a olhar o relógio em meu punho: 7h e 20min. Minha aula deveria começar 8h. Merda, pensei. O que eu ia fazer 40 minutos sozinha? Bem, poderia ser pior. Como diz o ditado: antes só de que mal acompanhado. Empurrei a porta e ela cedeu em um longo ranger. Chego quase uma hora adiantada e ainda me torno o centro das atenções. Entrei. Todos etavam a mirar-me. Resolvi me sentar num sofá no fundo da sala, para desviar a atenção ... Meu deus! Ele estava lá! Sentado inocentemente com os olhos fixos num livro - aquilo chegou a me espantar um pouco: ele? Lendo um livro?
- Maria! - Ele disse-me, desviando o olhar das folhas de papel - Nunca foi tão bom ver você! Esse livro já estava me matando ...
"As suas piadas é que estão me matando", pensei, mas coloquei-me a rir. Li em um site que mulheres atraídas riem de qualquer coisa ... Internet também é cultura!
- Tudo bem? - Eu disse, deixando que meus cabelos cor de cobre caíssem e balançassem sobre o meu ombro.
- Melhor agora ... - Ele suspirou, dando um beijo em minha bochecha corada.
Sentamo-nos juntos no pequeno sofá. E agora? O que eu deveria fazer? Confessava a ele sobre o meu amor ou calava-me mais uma vez, deixando meus sentimentos trancados dentro de meu corpo? Existem momentos que nós precisamos pensar em nós mesmos, e aquele era um deles. Eu precisava sentir ele perto de mim, seu cheiro, sua energia. E não me importava se ele fosse me recusar porque, afinal, o meu amor ia continuar o mesmo. Como bem disse Álvares de Azevedo: "Isso é amor, e desse amor se morre!". Levemente, acaricei-lhe os cabelos, deixando que um sorriso se expressasse em minha face. Ele não pareceu-se importar, então segui com as carícias. Minha mão pousou sobre o pescoço dele, e minha voz soou, num eco profundo do mais sincero sentimento:
-Eu te amo ...
Obs. O fim dessa história não está aqui, e nunca poderia estar. O desfecho é uma descisão, uma ESCOLHA, que mudará a vida desses dois personagens para sempre! =D
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ResponderExcluirNoffa... Se eu não lesse que foi o Erikão podia JURAR que era a Duda XD.
ResponderExcluirEm fim, eu quero que ele morra. Assim que ela pega no pescosso dele, eu quero que um atirador de elite da mafia alemã que estava encondido atraz de um arbuso mate ele com um tiro na julgular e suas ultimas palavras seão "eu também te amo" Dramatico não?
Carol, eu te amo. SÉRIO MESMO, GAROTA.
ResponderExcluirfoi mesmo o erik que postou...
ResponderExcluir*suspeitas*
suspeitas porq? fui eu mesmo q escrevi!! a duda não sabe quem é álvares de azevedo! hauhauahauhau' -or
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