O fôlego dele estava escasso, suas pernas cansadas, seu rosto maltratado. Quando ele poderia imaginar que de caçador se tornaria a caça?
Seus pés quebravam galhos, amassavam folhas, tropeçavam em raízes. Em breve cairia de exaustão e seu corpo inerte se troaria alvo fácil. Ele sabia disso.
Em seus pensamentos provavelmente passava-lhe a sua vida, curta, cheia de sonhos. Sonhos que alguém como ele jamais poderia realizar, mas ainda assim, insistente em sonhar.
Sonhava que iria conseguir encontrar um amigo, alguém igual a ele, sairiam a noite como qualquer pessoa normal. Pelo menos entre si... E no fundo do seu coração vivia uma ponta de esperança, de que um dia pudesse mostrar a sua esposa as belas estrelas do céu...
Sua bela mulher que não tinha culpa daquilo que fora feito ao seu marido e, por consequência, aos seus filhos, os gêmeos que nasceriam dali a algumas semanas. Ela não podia fazer nada, corria risco com a família que tinha.
Seria mais fácil e melhor se ele desistisse, se sucumbisse, como não enxergava isso?
A caça saiu da floresta, o sol surgiu do oriente.
Ele deixou-se cair na grama, exausto, sabendo que o sol proibia o caçador de capturá-lo e permitia-o voltar a salvo paa a sua amada esposa.
Mas cuidado, cachorrinho, cuidado... O caçador está a espreita. Eu sempre estarei a espreita.
Luiza (2010)
twilight, hauhauahuah.
ResponderExcluiradorei. sua capacidade de misturar animais com homens me impressiona
eragon, huahahauahauh
ResponderExcluirMe lembrou o começo quando o espectro caça a Arya.
Adorei também.