
"Para alguns hoje é o primeiro dia, para outros é o último, a verdade é que todos sabemos que para a maioria é só mais um."
Para esta resenha tinha planejado escrever sobre um livro que havia terminado de ler há duas semanas, porém com a notícia que li nos jornais essa sexta (18/06) achei melhor escrever sobre um livro que li há seis mêses atás.
Recebi pelo correio, quando não estava no Brasil e ainda me lembro da sensação que tive ao fechar o livro, a curiosidade em pensar que toda aquela história tinha saído da cabeça de alguém.
Ninguém morreu, imagine como seria? Durante os dois dias que demorei para ler o livro o tema simplesmente não me saiu da cabeça, o escritor teria que ser também, nada mais nada menos que Saramago.
Nesse país fictício as pessoas simplesmente param de morrer, para mais tarde descobrirmos que a morte está brava com os seres humanos por não gostarem dela, resolveu então mostrar o quanto é necessária, não passa muito tempo e o caos começa a surgir naquela sociedade (quer algum traço menos "saramalesco"?) e as pessoas começaram a se desesperar e começam levar os doentes- que continuam agonizando apenas, não morrem- para as fronteiras com os outros países aonde a morte matava normalmente.
A introdução da história pode ter sido um poco maçante, porém conforme ele descreve a reviravolta daquele país, não tem como largar o livro.
Logo a morte volta a matar, por admitir ter sido má aos seres humanos em não avisá-los quando morrer, deixando-os com muitos assuntos pendentes.
É quando surgem os envolopes roxos, com a letra fina e trêmula avisando que você teria só mais dez dias de vida, assinado, morte.
Bem ou mal o plano da morte funcionou, até quando esta recebeu o envelope de volta, que havia mandado há um violinista solitário. Após várias tentativas a morte decide se aproximar desse violinista pessoalmente, em forma de mulher para mata-ló, porém não foi bem o que ocorreu.
Assim como a frase que Saramago começou e terminou "As intermitências da morte" eu me vi desejando fazê-la real por um dia para impedir a morte de Saramago (aposto que essa não seria uma coisa que ele ia gosta que eu escrevesse).
Porém, como acho que a perda foi muito grande a literatura de língua Portuguesa, termino minha resenha com a frase fictícia: "E no dia seguinte(ao dia 17/06/2010) ninguém morreu."

*Essa resenha foi escrita para um trabalho da escola...
** Recomendo também o filme, Ensaios sobre uma cegueira.. é sobre uma obra dele com cenas em São Paulo e fora os atores principais que são americanos, todos os figurantes são pessoas normais, fazendo um teatro chamado teatro expontanêo.. é uma das escolas de teatro, em que bem, não precisa saber que é uma escola para fazer.. hahaha
*** Para aqueles que não sabem, Saramago foi o primeiro escritor da língua Portuguesa a receber um prêmio nobel, mas ele é de Portugual.
texto fantástico! adorei, Saramaga! hahaha.
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